domingo, julho 25, 2004

Um dia voltava eu dos meus segredos e encontrei-te quase dormindo. Pisei devagar com medo que acordasses do teu quase sono. Aproximei os olhos e estavas deitado de lado, iluminado pela luz intermitente da televisão. Parecias quase meu irmão. Estive quase a tapar-te o corpo com qualquer coisa que estivesse à mão. Estive quase a dar-te um beijo nos cabelos mas não me pareceu prudente. Voltei as costas. Pisei devagar no corredor. Preparei a cama, preparei-me para dormir. Quando voltei para te dizer anda, vem comigo para a cama, devo ter feito mais barulho que as folhas das árvores. Sentaste-te e esfregaste os olhos. Eu quase chorei de felicidade. Podia ter sido hoje, quase foi.