domingo, julho 18, 2004

Um útero
Eu que não sou cega, vejo o estado primeiro das coisas e lhes adivinho o fim imaculado. Eu que não sou verde, amadureço os braços que me embalam, eu lhes mostro o sabor que o bolor dá. Eu que nunca serei muda, digo de tudo o amor que viver é.
Eu sonho a matéria dos espectros que viverão.
Eu que mulher sou.