quarta-feira, julho 28, 2004

Sonho-me e encontro-me num círculo luminoso projectado a vermelho. [e minha cor encarna minha cor encarnada] Fulgurantes meus dentes se rio e se choro a luz estremece. Todo o sentir é potência, todo o poder nos sentidos. [e minha cor encarnada é minha carne vermelha] Sonho-me e encontro-me nua da pele. [minha carne vermelha aos olhos todos aparece] Reparo-me em sangue, poças de sangue a meus pés. Cada passo um lago; cada lago de mim brota. [aos olhos todos aparece espessa essência, fumegante] encarnação: Vulnerável de tão nua. De tão crua, tão vermelha. De tão viva, tão brilhante. [o meu corpo encarna minha cor encarnada, espessa essência, fumegante] Encontro-me sonhada. Rubro, o foco que me projecta. Ao meu corpo flagrante encosto a pólvora. Espero, impaciente a explosão.



1 Comments:

At 28 de julho de 2004 às 20:47, Blogger nocturnidade said...

vermelho sangue, vermelho rosa, vermelho...
muito bonito o texto!

 

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