terça-feira, dezembro 30, 2003

Prometo. Se deixares, eu cuido de ti. Se quiseres, eu misturo a tua alma na minha. Como na fábula, seremos mais fortes. Prometo.
Quando sentires falta de imagens, deixa-me segurar o pincel que está na tua mão e os meus impulsos eléctricos desenharão formas. Escolhe a cor - és tu a cor. Quem sabe, desenharemos um mundo novo, imprevisto? Melhor pior diferente: nosso.
Quando não te quiseres levantar da cama, nesses dias imóveis deixa que te dê a minha força. Levo-te uma chávena de leite quente aos lábios. Sussurro a tua passagem preferida de um qualquer livro da estante mais alta da biblioteca. Esta casa não existe se não se ouvirem os teus passos, tal como eu não vivo sem a tua respiração.
Prometo que nunca mais te sentirás só. Abre a tua mão, eu estendo a minha até ao infinito para te tocar. Prometo.